11 de abril de 2007

ADSL em Ponte de Lima (2)

Muitos meses passaram, muitas mudanças ocorreram, mas a situação do ADSL em Ponte de Lima, no que toca a centrais existentes, é a mesma desde que coloquei aqui uma postagem sobre a situação da altura (19 de Dezembro de 2006), tendo enviado a mesma a várias instituições, jornais, partidos e a própria PT Comunicações.

No dia 10 de Dezembro de 2006 recebo uma resposta da PT Comunicações, à qual respondi imediatamente a perguntar se podia colocar a resposta que me deram na altura. Nunca recebi resposta.

No dia 11 de Janeiro de 2007 voltei a perguntar a mesma coisa, tendo sido pedido número de telefone (porquê se a questão era genérica), depois recebi 2 respostas em sequência a tantos emails meus para eles, entre 11 e 12 do mesmo mês, tendo eu ficado de saber a resposta a esta simples questão: posso publicar a resposta deles ou não. Até hoje nada.

Assim sendo vou publicar a resposta deles, independentemente de qualquer autorização, assumindo que não há problemas. Se não me deixassem publicar já tinham dito, ou não? Eis a resposta que me deram em Dezembro:

Exmo. Senhor,

Na sequencia do email que nos enviou, lamentando desde ja a demora no envio da resposta, cumpre-nos informar que a PT Comunicações disponibiliza uma oferta grossista aos Operadores baseada na tecnologia ADSL, a qual lhes permite oferecer serviços de acesso à Internet sobre ADSL aos seus clientes finais.

A oferta ADSL da PT Comunicações apresenta uma cobertura nacional em termos das Áreas de Central que constituem a sua infra-estrutura. Estas correspondem a uma divisão, para efeito de gestão da rede da PT, do território nacional em 1.853 áreas geográficas, estando todas essas áreas equipadas com o equipamento ADSL necessário à prestação de serviços de banda larga.

Contudo, tal como é referido no artigo colocado no seu blogue, esta tecnologia apresenta limitações técnicas que se prendem com o comprimento dos pares de cobre que ligam a casa do cliente ao equipamento ADSL, com a ocupação dos cabos e com a existência de sistemas digitais nesse cabos. Estas limitações podem inviabilizar a prestação de serviços de Banda Larga suportados em ADSL.

Actualmente o concelho de Ponte de Lima é servido por centrais localizadas em Ponte de Lima, Refoios do Lima, São Martinho da Gandra, Fornelos, Bárrio, Lanheses, Geraz do Lima e de São Julião do Freixo. A zona oeste do concelho é servida pelas centrais de Lanheses e Geraz do Lima, que estão localizadas mais a oeste e não pertencem ao concelho de Ponte de Lima.

Das 51 freguesias que compõem o concelho 7 não tem cobertura ADSL, respectivamente Boalhosa, Cabração, Estotãos, Facha, Fojo Lobal, Labrujó e Vilar das Almas e 3 tem muito fraca cobertura, Cabaços, Seara e Calvelo.


No entanto, atenta a estas limitações a PT Comunicações tem vindo a desenvolver esforços para diminuir esta falta de cobertura. Neste sentido, existem trabalhos previstos para as freguesias de Cabração, Estotãos, Facha e Seara.

Com os melhores cumprimentos

Apoio Cliente

(assinado por um operador que não indico aqui o nome)
A resposta dá algumas perspectivas de melhorias do serviço, com a construção de 4 centrais (creio que se refiram à freguesia de Estorãos quando falam em Estotãos, que não conheço).

Mas já passaram mais de 4 meses desde que me deram esta resposta, uma OPA à PT terminou e as centrais ainda não apareceram, pelo menos a da Seara que poderia cobrir-me a mim que tenho deficiências na cobertura, estando no limite da cobertura, ficando limitado na velocidade. O mesmo acontecerá com outros conterrâneos meus que se localizam nas freguesias acima indicadas e que não têm cobertura ADSL, ou em que a cobertura está no limite. Estas 4 centrais podem ajudar a aumentar a cobertura do concelho, mas será que chegam? Provavelmente sim, pelo menos para ter uma cobertura em locais com potenciais clientes.

Mas é preciso que esses investimentos avancem, e que as novas centrais possam aguentar o próximo desafio tecnológico de melhoria da rede, com a chegada do VDSL2 que vai permitir débitos na ordem dos 100 Mbps a curtíssimas distâncias da central, mas que a PT prevê comercializar até aos 50 Mbps, o dobro da velocidade máxima actual, os 24 Mbps (possíveis para clientes a menos de 1 Km das centrais preparadas para esta norma).

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