Mostrar mensagens com a etiqueta razões do não. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta razões do não. Mostrar todas as mensagens

4 de fevereiro de 2007

As minhas razões do não

No meu blogue Sou pelo não, coloquei a opinião de Laura Abreu Cravo, a qual subscrevo na totalidade, como disse por lá.

Desde cedo se aprende que quase todas as decisões importantes se reconduzem a uma ponderação de valores ou a uma análise casuística de custos e benefícios. Na questão do aborto parece-me que a grande colisão entre Vida e Liberdade se resolve de forma muito simples: a Liberdade (valor que prezo e acarinho tanto quanto o próximo – mesmo que o próximo seja pelo SIM) existiu no momento em que a mulher tenha decidido praticar um conjunto de actos adequados à produção daquele resultado (a gravidez). Os casos em que essa liberdade lhe tenha sido negada são legalmente consagrados como causas de exclusão da ilicitude do aborto e passíveis, eles mesmos, de enquadramento em sede de legislação penal.

A lei que temos tutela, nas três excepções contempladas, as únicas situações em que, admito, a Vida (por colisão com a vida da mãe, por violação ou por inviabilidade da vida do bebé) poderá ceder à decisão / intervenção de um terceiro.

A Liberdade- que ninguém no perfeito exercício do seu estado civilizacional pretende relativizar- não pode, contudo, servir de justificação para a banalização do atentado a um outro direito: a Vida.

Permitir o aborto, sem qualquer justificação além da vontade da mãe, até as 10 semanas, é tratar esta questão ao nível da cirurgia estética. Responder-me-ão, ultrajados, os defensores do SIM, que nenhuma mulher aborta por querer. Concedo. Se nenhuma mulher quer abortar, e este acto se apresenta como recurso possível ante um conjuntos de circunstâncias adversas, parece-me que o mais sensato será criar um conjunto de condições que permitam às mulheres fazer face a estas adversidades sem que atentem contra uma vida que é, apenas, a consequência que elas sabiam possível de uma acção que foi, afinal, “livre na causa”.

18 de janeiro de 2007

Movimento de médicos pelo não

Deixo-vos a declaração do movimento "Somos Médicos por isso não"

  1. Como médicos, sabemos que o feto de 10 semanas é não só um ser humano como apresenta já os seus órgãos e tecidos diferenciados, encontrando-se em crescimento e desenvolvimento que levará ao nascimento de uma criança, se a doença ou o abortamento não provocarem a sua morte.
  2. Como médicos, temos um compromisso radical e irrenunciável com a vida e a sua defesa:avida de qualquer ser humano, independentemente da sua condição e idade. Por isso respeitamos a vida intra-uterina.
  3. Como médicos, aderimos voluntariamente ao compromisso ético milenar, consignado no Juramento de Hipócrates, que nos ensina a respeitar a vida e a não praticar o aborto.
  4. Como cidadãos, entendemos que representará um retrocesso na evolução do Direito deixar de considerar crime um acto que represente um atentado à vida humana, já que a vida é o primeiro direito fundamental e valor a proteger. Isto não impede que, por razões sociais e psicológicas relevantes (aliás reconhecidas na usual não condenação nos tribunais), seja apenas isenta de pena a mulher que pratica ou deixa praticarem si o crime de aborto, desde que nela se concretizem as razões acima referidas.
  5. Como médicos e cidadãos, não podemos concordar que vidas inocentes e valiosas sejam sacrificadas por decisão única de suas mães, uma vez que ninguém pode dispor livremente da vida de outrem.
Concordo em especial com o ponto 1.

31 de dezembro de 2006

Não ao aborto

Aproveitando um vídeo publicitado pelo (des) evolução, na postagem o ser (des) humano, venho mostrar um vídeo sobre as razões do não na questão em referendo em 11 de Fevereiro, anuncio neste blogue as minhas razões para defender o não, ficando disponível para o debate.

Fica um link, porque o vídeo contém partes mais sensíveis.



A minha principal razão para defender o não é a defesa da vida, uma vez que esta existe, pelo menos de forma potencial.

Sei que vou ser exagerado, mas uma mãe vai poder fazer um aborto (exagero: matar) a uma criança que ainda não nasceu, mas que nasceria (com um alto grau de probabilidade) se este não acontecesse, mas depois deste nascer não lhe pode bater?
Onde está o problema? Em matar uma criança no ventre da mãe? Em bater num bebé? Não será nas duas?

Assim sendo, não será que se cairá num erro ao optar pelo sim à liberalização do aborto até às 10 semanas de gestação? Eu creio que sim, por isso...

VOTO NÃO