24 de outubro de 2008

Tiger Woods PGA Tour 08

Existe um bug neste jogo que permite que o Tiger Woods ande por cima da água, tal como podem ver no vídeo.

http://www.youtube.com/watch?v=h42UeR-f8ZA


Bug ou feature? É apenas um bug do jogo, ou trata-se de uma funcionalidade que o jogo tem. Obviamente que é uma feature, pois o Tiger Woods faz aquilo na realidade. Não acreditam? Então vejam o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=FZ1st1Vw2kY

21 de outubro de 2008

Por um novo hino português

Heróis do mar, nobre povo
Nação valente e imortal

É assim que começa o hino português, criado por Alfredo Kail, pouco depois da implantação da República, que se comemorou ainda este mês, e que está quase a fazer 100 anos.

Apesar de tudo, o hino já tem algum tempo, e há quem, meio a sério, meio a brincar (muito), propôs que a canção Movimento Perpétuo Associativo dos Deolinda passasse a ser o novo hino.
Com notícias na Antena 3, destaque no Blitz, referência no blogue do meu homónimo Nuno Markl (que foi onde li a notícia) e mais alguma publicidade, a petição que apoia este movimento tem recebido centenas de assinaturas, totalizando esta petição o interessante número de 1774 assinaturas. Se quiser assinar, cliquem aqui.


A letra da canção é a seguinte:

Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vais parar!

(resposta:)
Agora não, que é hora do almoço...
Agora não, que é hora do jantar...
Agora não, que eu acho que não posso...
Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!

(resposta:)
Agora não, que me dói a barriga...
Agora não, dizem que vai chover...
Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, é esta a direcção!

(resposta:)
Agora não, que falta um impresso...
Agora não, que o meu pai não quer...
Agora não, que há engarrafamentos...
Vão sem mim, que eu vou lá ter... (x13)

E um vídeo onde podem ouvir a música pode ser visto em baixo (ou vão aqui, que eu vou lá ter, para o verem no Youtube).

18 de outubro de 2008

As borlas do acesso à internet

O jornal público está a recolher os locais onde é possível ter acesso à internet gratuita, fora de casa.

Se conhece algum sítio onde é possível fazer isso, escreva na caixa de comentários em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1344831&idCanal=61.

5 de outubro de 2008

Portátil Magalhães: uma fantochada ou uma boa iniciativa?

E a resposta à pergunta do título é: um pouco das 2 coisas.

Por um lado, temos todo o markting feito à volta do aparelho, que vai melhorar a educação no ensino primário, que é uma maravilha, que faz isto, aquilo e tudo o mais. E há ainda a questão do Controlo Parental eficaz, como disse o nosso primeiro.

Por outro lado esta acaba por ser uma boa iniciativa, pois vai permitir a muitas famílias terem um computador, em especial vai permitir que as crianças tenham acesso a um computador seu muito novas.


A fantochada


A primeira coisa que me saltou aos olhos foi a questão de ser um computador nacional.
Todos sabemos que o material usado para o fabrico de computadores vem normalmente de 2 sítios: China ou Taiwan, não de um país europeu, e este não é excepção.
O material deve ser quase todo fabricado fora da Europa, com algumas excepções, se bem que não sei qual é o hardware criado cá, mas talvez a capa o seja.

Além disso, há o facto de este modelo nem sequer ter sido criado por empresas portuguesas, já que se trata do Classmate PC, desenvolvido pela Intel, que permitiu que lhe dessem o nome de Magalhães. Depois a JP Sá Couto/Inforlândia montam os PCs numa fábrica em Matosinhos, colocam-lhe o Software e distribuem-no pelo país e pelo mundo (para já vão para a Venezuela, mas Argentina, Líbia, Brasil, Bélgica e Luxemburgo parecem interessados no Magalhães).

Depois de ver isto, ingenuamente ainda pensei: pode ser que o Software seja produzido cá em Portugal, pelo menos uma boa parte, e assim ainda se salvava alguma coisa, e poderíamos classificá-lo como portátil português, apesar de tudo.
A verdade é que a presença de português no software não é muito mais do que a língua usada nos programas, quando isso está completo (existe algum software que não tem a tradução para português completa), com algumas excepções, como são a presença de uma edição completa da Diciopédia, ou de um Linux Caixa Mágica 12 Mag (se bem que um Linux, por natureza, não é feito num único país, com a eventual excepção da sua apresentação final), uma edição especialmente concebida para este portátil. Muito pouco, se bem que seria um pouco inevitável ser assim. Até o referido software de controlo parental que vem por defeito não é português, apesar de existir uma alternativa que me parece boa, o Net-Mamma.

Quanto à instalação Dual Boot, com Windows XP e Linux Caixa Mágica 12 Mag, creio que, apesar de gostar da opção, o Linux não irá ter uma aceitação e uso muito alargados. O anúncio que o Steve Balmer da Microsoft veio fazer a Portugal, com a assinatura de um protocolo para a inclusão de mais algum software da companhia americana a incluir no Magalhães acaba por corroborar essa ideia. Para além de que poucos são os pais, professores, e especialmente crianças que vão usar intensivamente o mesmo, e muitos acabarão por nem o experimentar. Mas o tempo o confirmará, ou não. O facto de na sua versão comercial, que foi colocada à venda na Fnac, nem sequer vir com o Linux instalado indicia isso ainda mais.
A pressão da Microsoft certamente que iria ser sempre imensa, e tenho que admitir que um Magalhães sem Windows seria pouco exequível, infelizmente.
Os nossos vizinhos espanhóis, mas também outros colegas europeus e, especialmente sul-americanos, mais facilmente optariam por um Linux em exclusivo. Acredito que na Venezuela nem venham a ter Linux na versão que vá para lá.

Para ajudar à fantochada, temos o Sócrates a anunciar este portátil, fazendo-nos pensar que esta é uma iniciativa deste governo, financiada totalmente por este, desenvolvido totalmente por portugueses, o que não é bem verdade, já que uma parte dos custos inerentes à distribuição do computador aos alunos nas escolas, em especial a diferença entre o custo para os pais dos alunos (0 a 50 euros) e o seu custo de produção de 180 euros, é suportada pelas operadoras móveis, ao abrigo da atribuição de licenças 3G, sendo que o governo, através da UMIC, apenas escolhe onde o dinheiro se aplica e dá uma ajuda ao financiamento, pelo que disse o Sócrates (eventualmente apenas a parte burocrática da distribuição nas escolas e as sessões de apresentação), mas já estamos habituados a estas artimanhas de Markting, e agora que estamos a 1 ano das eleições elas ainda serão maiores. E os portáteis só vão ser entregues em 2009...
Para além disso, é dito pelo nosso primeiro que o "Magalhães é o produto da modernização do país" o que não está muito perto da verdade, dado o facto de, para o produzirmos, pouco mais fizemos do que juntar uns componentes importados e dar-lhe um nome, para além de que este Classmate foi especialmente pensado para países menos desenvolvidos...

Este computador é apresentado, em especial pelos governantes, como um meio que irá ajudar a melhorar a educação em Portugal. Mas estão a pensar no que dizem? Não será melhor começar por melhorar outras coisas mais importantes, como o conforto das salas de aulas, o material das mesmas, a própria gestão escolar? Talvez o Magalhães ajude, mas não faz milagres. Para além disso, ainda estão por provar as vantagens de usar um computador nas salas de aula, em especial por quem ainda está na sua formação primária, e que ainda está a começar a aprender a escrever.

Já agora, o controlo parental do Magalhães só será eficaz, se houver alguma vigilância e pró-actividade dos pais, já que não há software que faça milagres.

Mas nem tudo é mau.


Uma boa iniciativa (e daí talvez não)

Apesar de tudo, uma iniciativa destas tem o seu mérito, pois acaba por permitir que as crianças não incomodem ou estraguem os computadores dos pais, por um lado, mas por outro terão oportunidade de usar um computador desde bem novos, habituando-se desde novos às TIC, eventualmente, levando-as a dominar estas tecnologias com mais facilidade (mas não dominavam já?).

Já todos sabemos que as crianças desta idade (e até mais velhas) estão bem mais interessadas no lazer do que nos estudos, e o facto de terem à mão um computador para usarem em qualquer lado vai levar a que se acabem por distrair um pouco mais do que aconteceria se não tivessem o computador. Mas, bem ou mal, vão acabar por se habituar ao computador desde novos.
Mas, se colocassem computadores nas salas de aulas, com um rácio de 1 computador por 1 ou 2 alunos, não iria ter um efeito semelhante? Provavelmente sim, se bem que os miúdos que tivessem acesso a um computador em casa iriam ser mais beneficiados do que os que não tivessem, no momento de fazer TPC no computador.

E depois há a questão dos professores, em que alguns não sabem usar um computador, quanto mais ajudar/ensinar os miúdos a usá-lo. Mas isso também poderá ser resolvido em parte, e não será a globalidade, especialmente entre os mais novos (se bem que muitos desses estejam no desemprego).

Além disso, isto parece vir a ajudar às exportações portuguesas, porque a juntar ao milhão de Magalhães exportados para a Venezuela, devem vir por aí mais alguns, e apesar de importarmos muitas das peças para assemblar o computador, alguma coisa ficará por cá (umas dezenas de milhões, mais ou menos).


Em resumo, trata-se de mais uma bela operação de Markting a que este governo nos habituou, embora a iniciativa tenha as suas qualidades e virtudes.