Mostrar mensagens com a etiqueta sinistralidade. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta sinistralidade. Mostrar todas as mensagens

16 de agosto de 2006

Sinistralidade: prevenção e polémica (2)

Depois do anúncio polémico, o MAI e a Galp Energia resolveram mudar o texto do anúncio, mantendo as imagens usadas.

O novo texto, que tenta transmitir a mesma ideia, mas procurando ser menos polémico, é o seguinte, basicamente: "Um avião cheio de crianças. Todos os anos é este o número de crianças mortas vítimas da velocidade nas estradas. Já chega, não acha? Um conselho do Ministério da Administração Interna e da Galp Energia."

7 de agosto de 2006

Sinistralidade: prevenção e polémica

O Ministério da Administração Interna lançou recentemente uma campanha publicitária, que ainda decorre, e que tem o apoio da Galp, em que afirma que todos os anos morre um avião cheio de crianças, vítimas da velocidade nas estradas, mostrando as crianças a entrarem no avião, enchendo-o, acabando com a porta do avião a fechar-se. Todos os portugueses devem tê-lo visto.
O texto do spot, correcto e confirmado, é o seguinte: "Todos os anos cai um avião cheio
de crianças em Portugal. É este o número de crianças vítimas da velocidade nas estradas portuguesas.
Este ano ajude-nos a evitar uma tragédia, reduza a velocidade. Um conselho do
Ministério da Administração Interna e da Galp Energia".

Quando o vi, achei que era uma imagem de choque, e que era interessante, podendo vir a ter resultados, embora este tipo de anúncios tenha que ser uma constante, não se limitando a anúncios pontuais, tendo que haver uma prevenção para a cidadania.

O que este anúncio tem de blogável é a opinião que Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) e associações ligadas à aviação (sindicatos de pilotos e companhias de aviação) colocaram na praça pública, contra a campanha: os primeiros por os números serem errados, a forma não é a correcta, etc e os segundos porque dá uma imagem errada da qualidade da aviação. Sinceramente, não concordo com a opinião de cada um deles.

A PRP, pela voz do seu presidente, disse que enquanto que um avião daqueles leva 300 pessoas, o número de crianças sinistradas e que foram vítimas da velocidade nas estradas em 2005 baixou para 20 e qualquer coisa, comparativamente com os 40 e tal do ano anterior. Lembrei-me logo que a imagem mais correcta seria de um autocarro cheio de crianças, embora não pudesse ser cheio, o que talvez não causasse tanta polémica, mas talvez a imagem não fosse tão forte. Se é verdade que a imagem deva ser forte para assustar, também é verdade que não se deve fazer uma campanha de prevenção baseada na mentira. Mas quais são os números correctos? Os da PRP à volta de 30 ou os do ministério à volta de 300? O ministro voltou a afirmar que eram "centenas" as crianças sinistradas.
O presidente da PRP também afirmou que, provavelmente, a Galp, que terá organizado a campanha, não seria a empresa mais qualificada para elaborar campanhas de prevenção da sinistralidade. Por mim creio que possa não ser a mais adequada, mas pelos resultados da PRP talvez a mesma não o seja, e de qualquer forma as empresas privadas, os grupos de cidadãos e as organizações em geral estão no seu direito de elaborar acções de prevenção, como estas, ou outras. Está-me é a parecer que ficou chateado por não ter sido envolvido na campanha, mas também não sei de quem foi a ideia, se do MAI, se da Galp.

Quanto à posição, bastante semalhante, quer dos pilotos, quer das companhias de aviação, parece-me exagerada.
Não me parece que estejam a afirmar na campanha que cai um avião todos os anos em Portugal, ainda por cima cheio de crianças, apesar de poder dar essa ideia quando é dito no spot televisivo que "Em Portugal, todos os anos cai um avião cheio
de crianças.", mas também é dito logo a seguir que é "este o número de crianças vítimas da velocidade nas estradas portuguesas". Parece-me que se está a fazer uma comparação, dando a ideia que o número de crianças que morrem todos os anos vítimas da velocidade dos automóveis nas estradas portuguesas é semelhante ao número de ocupantes de um avião.

Estou certo ou errado?

9 de maio de 2006

Morte do Francisco Adam - a autópsia

Falei da morte, agora falo da autópsia.

Aquando da morte do Francisco Adam ("Dino" dos Morangos com Açúcar) uma onda de consternação espalhou-se pela blogosfera e pela sociedade portuguesa. Quando algumas imagens do local do acidente, deu logo para notar que havia qualquer coisa mais que um excesso de velocidade ou uma distração. Suspeitei logo que havia alcoól misturado. O resultado da autópsia mostra que os valores de alcoól no sangue não eram elevados, mas havia drogas no sangue do Francisco.

Tenho pena que as televisões e os jornais não tenham dado mais eco desta notícia, servindo para mostrar, principalmente junto dos jovens, que o consumo de drogas e/ou alcoól são prejudiciais à condução. Assim como aconteceu com a sua morte, em que dias depois da morte do actor o número de feridos graves e mortos em acidentes de viação tenha diminuído drasticamente.

Mas o que aconteceu ao colega do Francisco que ficou em estado grave e morreu dias depois é que se torna mais inacreditável.

17 de abril de 2006

Morte do Francisco Adam

Morreu o Francisco Adam, um actor de 22 anos, mais conhecido por Dino na série da TVI "Morangos com Açúcar".

Foi num acidente num cruzamento da EN 118 com a EN119 às 3h50 do dia 17 de Abril de 2006, dia de Páscoa. Juntamente com o Francisco, ficaram feridos dois amigos seus, um de 35 (em estado grave) e outro de 21. Tanto quanto sei, era o falecido quem conduzia a viatura, que ao atravessar o cruzamento despistou-se e embateu contra uns pinheiros junto à estrada. Vinha de uma sessão de autógrafos numa discoteca.

O Francisco era um jovem modelo que fazia a sua estreia como actor nesta série, tendo sido anteriormente modelo durante quatro anos, e começou no teatro há poucas semanas, em Ponte de Lima, numa peça junto com outro actor mais experiente, tendo sido a única edição da peça. Como actor prometia muito, e era uma das personagens mais engraçadas da série, fazendo dupla com "Susana" (muito bonita).

Este caso mostra como as estradas portuguesas são inseguras: um despiste, sai o carro da estrada e bate numa árvore, mote imediata do condutor, ferimentos graves para o passageiro da frente e ferimentos ligeiros para o passageiro de trás. Não podia haver uns rails junto à estrada?